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*Humanizar o SUS é permitir a melhoria continuada do acesso à saúde gratuita, afirma diretora da FESF*

Ao participar nesta segunda-feira (02) da solenidade de entrega do Selo Estadual de Humanização, iniciativa que propõe empreender e consolidar uma política institucional de resgate da humanização na assistência à saúde na área hospitalar da Bahia, a diretora-geral da Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), Lizandra Amim, destacou a importância de programas como este nas estratégias que visam melhorar continuadamente o acesso à saúde gratuita de qualidade, garantindo os direitos constitucionais dos usuários do SUS. 



A FESF é responsável pela gestão de duas unidades hospitalares do estado – o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, e o Hospital da Mulher de Camaçari. E, de acordo com Lizandra, é fundamental que todos os trabalhadores da fundação se debrucem sobre um SUS mais humanizado que implique em uma política verdadeiramente inclusiva e coparticipativa. A diretora-geral da FESF também ressaltou o pioneirismo da Bahia, um dos estados mais avançados na implantação da Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS (PNH), popularmente conhecida como HumanizaSUS.


*Princípios*


Criada pelo Ministério da Saúde, em 2003, a PNH constitui-se como uma política pública no setor da saúde com princípios, diretrizes e dispositivos que se dialogam e complementam na missão de inovar práticas e processos de saúde nas instituições que integram o Serviço Único de Saúde (SUS). No sul da Bahia, o HMIJS foi pioneiro a criar uma Comissão de Humanização local com participação das equipes técnica e administrativa e foi homenageada no evento, em Salvador, com entrega de certificado à diretora-geral, Domilene Borges e à coordenadora do Serviço Social, Maria das Graças Souza.


Com a comissão, a unidade passou a ter como atribuições disseminar a cultura de humanização; melhorar a qualidade da assistência dispensadas aos usuários; fortalecer e articular as iniciativas já existentes de humanização; estimular a participação, a autonomia e a responsabilidade dos profissionais e trabalhadores da saúde; possibilitar o engajamento de todos no direcionamento de ações voltadas para a humanização; zelar pelos princípios do SUS e da Política Nacional de Humanização, dentre outras.


*Referência regional*


Gerido pela FESF-SUS, o Hospital Materno Infantil Dr. Joaquim Sampaio conta com 105 leitos, destinados à obstetrícia, à gestação de alto risco, pediatria clínica, UTI pediátrica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24 horas e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul da Bahia. O investimento do estado foi de aproximadamente 40 milhões de reais, entre obras e equipamentos. A unidade já realizou mais de 9 mil partos, sendo quase 400 de mulheres indígenas. O HMIJS é o único hospital da Bahia referência para atendimento especializado aos Povos Originários.


“A proposta que vem sendo construída, agora ganha corpo dando possibilidades as nossas ideias, especialmente quando eles são reproduzidas”, destacou na solenidade o diretor de Gestão do Trabalho e Educação da Sesab, Luciano Moura, sobre a criação do selo. Para Marcos Gêmeos, presidente do Conselho Estadual de Saúde, o selo passa a ser referência de cuidar, também, de quem cuida dos pacientes. Representando o Ministério da Saúde, Bruno Guimarães lembrou que a iniciativa dá margem para que as unidades possam pensar nos seus processos de trabalho. “A gente precisa ter a compreensão de que um bom acolhimento também é terapêutico”, completou o subsecretário estadual da Saúde, Paulo Barbosa, que representou a secretária Roberta Santana na solenidade.

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