As ameaças feitas pelo grupo bolsonarista durante a manifestação na Avenida Paulista neste final de semana não podem ser ignoradas nem minimizadas. Devemos recordar com seriedade o atentado frustrado na véspera de Natal, uma data simbólica que celebra o nascimento de Cristo, e refletir sobre o quão perto estivemos de uma tragédia de proporções inimagináveis.
Naquele dia, o país se preparava para celebrar o nascimento de nosso Salvador, mas o que poderia ter acontecido em Brasília seria um pesadelo. Um caminhão-tanque, carregado com 60 mil litros de querosene de aviação, seguia seu percurso normal para abastecer o aeroporto da capital, um local superlotado, com milhares de pessoas transitando, muitas delas reunidas para voltar para casa e celebrar com suas famílias. No entanto, em algum momento do trajeto, o caminhão foi alvo de um atentado, com um artefato explosivo colocado a bordo. Se o atentado tivesse ocorrido, teria resultado em uma das maiores tragédias já vistas no Brasil, com a morte de centenas, talvez milhares, de cidadãos inocentes.
A misericórdia de Deus foi o único fator que impediu o pior. O motorista, ao perceber o artefato explosivo, acionou a polícia, evitando uma catástrofe. Mas o risco era real. As consequências poderiam ter sido devastadoras, e a tragédia teria marcado a história do Brasil, não apenas pela quantidade de vidas perdidas, mas também pelo fato de ter ocorrido exatamente no momento em que celebrávamos o nascimento de Cristo, um dia de paz e amor.
O empresário responsável pelo ataque foi encontrado com um arsenal completo: explosivos, armas de fogo, munições e uma série de outras evidências que demonstram a gravidade do plano. Com ele, foram apreendidas provas de um atentado orquestrado com a intenção de causar o maior número possível de vítimas. Essa ação não era apenas um ataque isolado, mas parte de um movimento extremista em crescimento.
Agora, as ameaças feitas nas ruas de São Paulo, por parte de manifestantes bolsonaristas, apenas intensificam o risco. Não podemos permitir que essas ações continuem a ser vistas como meros atos de protesto. Elas representam um perigo real para a segurança e a paz do Brasil. A memória do atentado frustrado em Brasília deve ser um alerta claro: sem a ação firme das autoridades e sem um controle efetivo sobre o discurso de ódio e violência, poderemos estar à beira de uma tragédia ainda maior.
Dar anistia a esses atos de violência e radicalismo seria abrir mão da democracia e rasgar a Constituição. Seria uma maneira de deixar o Brasil vulnerável a todo tipo de ameaça interna, enfraquecendo as instituições e todos os poderes responsáveis pela manutenção da ordem e da segurança. Além disso, seria uma falta de respeito para com os segmentos que, com coragem e responsabilidade, dedicam-se à proteção e à segurança do país. A democracia não pode ser subvertida, e a paz social exige que os responsáveis por atos terroristas sejam responsabilizados.
É essencial que a sociedade, de forma ampla e unida, rejeite qualquer forma de violência e radicalismo. A luta pela paz e pela justiça requer a mobilização de todos, sem distinção. O Brasil já passou por períodos sombrios em sua história, e não podemos permitir que o país retorne a tempos de incerteza e terror. A construção de um futuro seguro e harmonioso depende da nossa capacidade de agir coletivamente, com respeito e responsabilidade.
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