terça-feira, 8 de abril de 2025

"Hugo Motta responde com firmeza às críticas e afirma: 'Anistia não é a única pauta do Brasil'!"

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), rebateu os ataques que recebeu na manifestação bolsonarista pela anistia, realizada no domingo (6) em São Paulo e criticou a centralidade do tema no debate político brasileiro. Durante um evento da Associação Comercial de São Paulo, o parlamentar disse que não é censor de pautas, defendeu a correção de excessos nas penas e a pacificação do país, mas deixou claro que não garante prioridade à anistia. "Esta não é pauta única do Brasil. Nós não podemos ficar uma casa de uma pauta só, uma música de uma nota só, não é isso. O Brasil é muito maior do que isso, nós temos inúmeros desafios", afirmou Motta, que  estava ao lado de Gilberto Kassab, presidente do PSD, no evento. Motta disse ainda que o perdão aos condenados pelos atos golpistas não pode aumentar ainda mais a tensão entre os poderes: "É por isso que conduzirei este tema com a serenidade que ele requer, ouvindo os líderes, respeitando a maioria da casa. Então, não contem com este presidente para agravar uma situação no país que já não é tão boa". O presidente da Câmara quer que o projeto de lei da anistia também seja debatido com o executivo e com o próprio Supremo Tribunal Federal, principal alvo dos ataques dos discursos de aliados de Bolsonaro na avenida Paulista. O ex-presidente levou sete governadores de direita, além de diversos deputados e senadores no segundo ato convocado em menos de um mês para tentar convencer o congresso a apoiar o tema. O PL, partido de Bolsonaro, precisa de 257 assinaturas para pautar a urgência do projeto de anistia. Mas dirigentes do centrão avaliam que não há ainda apoio popular suficiente para a aprovação da proposta. O diagnóstico feito por eles é de que o assunto está hoje concentrado na direita e que não tem empolgado eleitores moderados. Como forma de pressão, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, promete divulgar uma lista com o nome e a foto dos deputados indecisos e daqueles que assinaram o projeto. O objetivo é indicar aos eleitores, quem deve ser cobrado para que a anistia avance na Câmara.

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